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Conheça os benefícios da música para surdos


Tudo o que a gente faz no nosso dia a dia fica melhor acompanhado de música. Quem concorda?


A música é uma linguagem universal que tem o poder de despertar as mais variadas sensações e sentimentos. De alguma forma, isso acaba se traduzindo em aspectos positivos em muitos setores da nossa vida, inclusive na saúde.

E sabia que até as pessoas surdas se beneficiam disso?


Como os surdos curtem a música

A experiência vai um pouquinho além de ouvir o som, é claro!

Pessoas que não ouvem (ou ouvem pouco) acabam desenvolvendo outras habilidades e, no caso do contato com a música, elas podem ser1:





Além disso, muitos shows de música apostam em recursos visuais para incrementar as apresentações, e isso valoriza ainda mais o contato da pessoa surda com o som.


Vamos ver a seguir quais são os benefícios da música para os surdos.


A música ajuda a desenvolver a comunicação

A música envolve ritmo, melodia e harmonia, e esses elementos podem ser experimentados através da vibração e da percepção visual das ondas sonoras

Assim, quando uma pessoa surda se expõe à música, pode melhorar sua percepção de ritmo e padrões sonoros, como a fala, por exemplo1.


O resultado disso pode ser uma maior habilidade para se comunicar!


O lado emocional também é estimulado

Embora a audição tradicional não esteja presente, as vibrações da música podem ser sentidas através do tato e da visão, permitindo que os surdos experimentem a expressão emocional da música. 


Essa experiência pode desencadear respostas sentimentais positivas, melhorando o bem-estar e reduzindo o estresse em pessoas surdas2.


Além disso, dentro da musicoterapia direcionada para esse público, uma combinação sinestésica gerada por softwares tem permitido trabalhar relações musicais como memória, emoção e movimento. 


Isso pode se traduzir em benefícios como novos canais de comunicação, memória fortalecida, criatividade aflorada, além de emoção e sensorialidade para que a pessoa surda  possa expor sua própria musicalidade1.


Mais integração social e melhor desenvolvimento cognitivo

A música é uma forma de expressão artística que é compartilhada por muita gente. Só o grande número de pessoas em festivais pelo país afora já comprova isso, né?


E participar de atividades desse tipo oferece às pessoas surdas a oportunidade de se integrar social e culturalmente. 


Estudos mostram que a participação em grupos musicais inclusivos traz esses benefícios, fortalecendo os laços com a comunidade e a sensação de pertencimento1.


Além disso, o contato de pessoas surdas com a música no dia a dia pode melhorar habilidades cognitivas como memória, atenção e resolução de problemas


E isso sugere que a música não apenas enriquece suas vidas no sentido emocional, mas também intelectualmente2.


Mas como incluir a música na vida de uma pessoa surda?

As orientações são de um estudo publicado pela Academia Americana de Audiologia3:


não selecionada Com vibração tátil: muitas músicas têm elementos rítmicos que podem ser sentidos através da vibração, seja manuseando um instrumento como um tambor ou usando dispositivos de vibração especializados;

não selecionada Com visualização: como vídeos musicais, legendas e animações. Isso pode criar uma experiência musical envolvente que vai além do som;

não selecionada Com dança: as batidas e ritmos podem ser sentidos fisicamente, proporcionando à pessoa surda uma conexão emocional com a música;

não selecionada Com exploração instrumental: percussão, teclado e instrumentos de cordas são exemplos que permitem que as pessoas surdas criem sua própria música e explorem diferentes texturas sonoras;

não selecionada Com integração social: participar de grupos musicais inclusivos, como coros e bandas, oferece oportunidades de interação social e colaboração musical.


Quer saber mais sobre como obter benefícios para sua saúde física e mental?

Siga acompanhando o blog do FazBem para mais dicas e conteúdos como esse!



Referências:

1. Universidade do Estado de Santa Catarina. Música, Musicoterapia e surdez: uma revisão literária. Disponível em https://revistas.udesc.br/index.php/nupeart/article/download/6333/4895/21701.  Último acesso em 21.09.2023

2. DARROW, A. A. Sounds in the Silence: Research on Music and Deafness. Applications of Research in Music Education, v. 25, p. 5-14, 2006. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/87551233060250010102. Último acesso em 21.09.2023.

3. Gfeller, K., Driscoll, V., Smith, R., & Scheperle, C. (2011). Music perception of cochlear implant users compared with that of users of other devices. Journal of the American Academy of Audiology, 22(9), 377-385. Disponível em https://journals.lww.com/ear-hearing/abstract/2008/06000/music_perception_of_cochlear_implant_users.10.aspx. Último acesso em 21.09.2023

BR-26383. Material destinado ao público geral. Set/2023